Quais as diferenças de clínica de recuperação e Comunidade Terapêutica?
Clínicas de recuperação e comunidades terapêuticas são sobretudo instituições com a finalidade de propor o tratamento de dependentes químicos.
No entanto, existem algumas diferenças as quais são bastante importantes entre esses dois tipos de instituições.
A principal diferença é o modelo de tratamento adotado.
Clínicas de recuperação geralmente adotam um modelo de tratamento médico, com foco sobretudo na desintoxicação física e na reabilitação desse aspecto.
Já as comunidades terapêuticas, no entanto, adotam um modelo psicossocial, com prioridade na reestruturação da personalidade do paciente e na mudança de estilo de vida.
Outra diferença a qual é importante é a estrutura física das instituições.
Clínicas de recuperação em via de regra são equipadas com uma infraestrutura hospitalar, conta com leitos, equipamentos de oxigênio, equipamentos médicos e profissionais de saúde em tempo integral.
Já as comunidades terapêuticas oferecem estrutura mais simples, com instalações voltadas para o convívio social e a convivência entre os pacientes.
No final, contudo, é importante dizer que essa infraestrutura hospitalar é significativamente mais cara para a família e ou paciente.
Outra diferença está relacionada a duração do tratamento que também pode variar.
Em clínicas de recuperação, o tratamento geralmente é mais curto, dura entre 30 e 90 dias, já que a proposta do modelo de tratamento é diferente.
Já em comunidades terapêuticas, o tratamento pode durar meses ou até anos.
A forma de internação é outro ponto que diferencia uma CT de uma clínica.
Em clínicas de recuperação, a internação pode ser voluntária, involuntária ou compulsória. Já em comunidades terapêuticas, a internação geralmente é voluntária.
A seguir, um resumo das principais diferenças entre clínicas de recuperação e comunidades terapêuticas:
Qual instituição é a melhor para o paciente? Quais as diferenças de clínica de recuperação e Comunidade Terapêutica?
A melhor instituição para o paciente irá depender de sua situação individual.
Pacientes com dependência química grave ou com comorbidades provenientes do uso abusivo de droga e álcool podem se beneficiar de um tratamento em clínica de recuperação, com foco na desintoxicação e na reabilitação física.
Já os pacientes com dependência química leve ou moderada podem se beneficiar de um tratamento em comunidade terapêutica, com foco na reestruturação da personalidade e na mudança de estilo de vida.
Lembrando que as CTs geralmente são a opção mais econômica para quem busca um tratamento para dependência química, no entanto, ela nem sempre oferece toda a estrutura que uma clínica por exemplo.
A decisão sobre qual instituição escolher deve ser tomada em conjunto com o paciente, sua família e um profissional de saúde mental.
Internação involuntária em comunidade terapêutica: é possível?
A internação involuntária em comunidade terapêutica é uma medida bastante polêmica que divide opiniões.
De um lado, há aqueles que acreditam que ela é uma medida necessária para proteger a vida e a saúde de dependentes químicos que se recusam a se tratar, e que não dispõem de recurso financeiro para arcar com clínica de recuperação.
De outro lado, há aqueles que acreditam que ela é uma violação dos direitos humanos e que pode ser prejudicial ao paciente, ainda que a legislação vigente autorize a internação involuntária e clínica de reabilitação.
A internação involuntária é regulamentada pela Lei nº 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais.
A lei prevê que a internação involuntária só pode ser realizada em casos de risco iminente de vida ou de grave comprometimento da saúde física ou mental do paciente.
Além disso, a internação deve ser autorizada por um médico e deve ser acompanhada por um profissional de saúde mental.
Quais as diferenças de clínica de recuperação e Comunidade Terapêutica?
No caso de dependentes químicos, a internação involuntária pode ser autorizada em casos de:
- Uso excessivo de drogas que representem risco grave à saúde ou à vida do paciente e terceiros;
- Incapacidade de o paciente cuidar de si mesmo ou de seus bens;
- Risco de o paciente agredir a si mesmo ou a terceiros.
A internação involuntária em comunidade terapêutica é proibida por lei, visto que essas instituições só podem atender pacientes voluntários,
Porém em clínicas pode ser uma medida eficaz no tratamento de dependentes químicos.
É importante sobretudo que ela seja realizada de forma humanizada e que respeite os direitos do paciente, e só se deve tomar essa iniciativa em casos extremos
Principais argumentos a favor da internação involuntária:
- Salva vidas de pessoas que estão em risco
- Pode interromper o ciclo de dependência química;
- Proporcionam ao paciente um ambiente seguro e protegido para se tratar;
- Pode oferecer ao paciente suporte e orientação para a reinserção social.
Principais argumentos contra a internação involuntária:
- Pode ser uma violação dos direitos humanos;
- Em casos mais brandos de dependência pode ser prejudicial ao paciente, pois pode aumentar sua resistência ao tratamento;
- Em casos brandos de dependência, pode traumatizar o paciente;
- Pode não ser suficiente para a recuperação;
Considerações
A decisão sobre a internação involuntária deve ser tomada de forma a pensar nas individualidades do acolhido, levando em consideração as características do paciente e a sua situação específica.
É sobretudo importante que a decisão seja tomada em conjunto com o paciente, sua família e um profissional de saúde mental.
Qual o momento de fazer uma internação involuntária
A internação involuntária é uma medida extrema que só deve ser tomada em casos de extrema necessidade.
Ela é regulamentada pela Lei nº 10.216/2001, conforme mecionado acima, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais.
A lei prevê que a internação involuntária só pode ser realizada em casos de risco iminente de vida ou de grave comprometimento da saúde física ou mental do paciente ou de terceiros.
Além disso, a internação deve ser autorizada por um médico e deve ser acompanhada por um profissional de saúde mental.
No caso de dependentes químicos, por exemplo, a internação involuntária pode ser autorizada em casos de:
- Uso em excesso de drogas que representem risco grave à saúde ou à vida do paciente;
- Incapacidade de o paciente cuidar de si mesmo ou de seus bens;
- Risco de o paciente agredir a si mesmo ou a terceiros.
Abaixo alguns exemplos de situações em que a internação involuntária pode ser indicada:
- Um dependente químico que está ameaçando se matar ou se machucar;
- Quando o dependente químico está colocando em risco a vida de outras pessoas;
- Da incapacidade de cuidar de si mesmo, como alguém que está desnutrido ou que não está tomando os medicamentos necessários;
- Para aqueles que estão em vulnerabilidade social ou em situação de rua.
É importante sobretudo ressaltar que a internação involuntária não deve ser encarada como uma solução definitiva para o problema da dependência química.
Ela é apenas uma medida de emergência, uma ferramenta que pode ajudar a proteger o paciente e a garantir que ele receba o tratamento necessário.
Quais as diferenças de clínica de recuperação e Comunidade Terapêutica?
A decisão sobre a internação involuntária deve todavia ser tomada de forma individualizada, levando em consideração as características do paciente e a sua situação específica.
É sobretudo importante que a decisão seja tomada em conjunto com o paciente, sua família e um profissional de saúde mental.
Aqui estão algumas dicas para tomar a decisão correta:
- Observe e avalie o risco que o paciente representa para si mesmo e para os outros.
- Considere a capacidade do paciente de tomar decisões sobre o seu próprio tratamento.
- Leve em consideração a opinião da família e dos amigos do paciente.
- Converse com um profissional de saúde mental para obter orientação.
Se você estiver considerando a internação involuntária de alguém, procure ajuda profissional o mais rápido possível.
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